terça-feira, 20 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Curso de CIPA

Estão abertas as inscrições para o curso de CIPA
NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
 


Conteúdo Programático:
Treinamento de CIPA
OBJETIVO, CONSTITUIÇÃO, ORGANIZAÇÃO, ATRIBUIÇÕES, FUNCIONAMENTO, PROCESSO ELEITORAL

Ø  Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo;
Ø  Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
Ø  Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa;
Ø  Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas de prevenção;
Ø  Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciária relativas à segurança e saúde no trabalho;
Ø  Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
Ø  Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.


SEGUNDA TURMA DE TREINAMENTO DE CIPA

 Local: Santa Cruz Rua 07 Conjunto Urucãnea Rio de Janeiro- R-J em frente ao Posto de Saúde. 
  Inscrições pelo e-mail: cd.pessoas@bol.com.br
valor:$ 45,00

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Combate a incêndio em sistemas energizados necessita de treinamento

A corrente elétrica é transportada dos geradores da usina para as subestações em altíssimas tensões, sendo rebaixada, a partir daí, a mais ou menos 13 mil volts. Antes de chegar às casas por intermédio de transformadores a tensão é novamente reduzida a 110/220 volts.

O uso inadequado da corrente elétrica pode ocasionar incêndios ou outros acidentes de diversas maneiras, uma das quais por sobrecargas. O circuito estará sobrecarregado quando a eletricidade necessária para fazer funcionar os aparelhos for muito elevada para somente o circuito da tomada resistir. Um exemplo: vários eletrodomésticos colocados em uma única tomada, ligados por meio de um "T". Dispositivos elétricos, tais como chaves, disjuntores, relés e interruptores, em sua operação normal geram faíscas quando da abertura ou fechamento de seus contatos e se constituem numa fonte de ignição por excelência.

Sobrecargas e curtos-circuitos também podem se constituir numa fonte de ignição se os disjuntores não estiverem corretamente dimensionados. É perfeitamente evitável esta fonte de ignição desde que os dispositivos de proteção de um circuito, os disjuntores, estejam dimensionados. Se ocorrer uma sobrecarga ou um curto-circuito, os disjuntores interromperão a corrente elétrica de defeito, isolando, assim, o trecho do circuito com problema do restante do sistema.

Enfatizamos a atuação de disjuntores porque é comum recebermos notícias informando que o incêndio ocorreu por causa de um curto-circuito. O incêndio não ocorreu por causa de um curto-circuito, que é um fenômeno corriqueiro em uma instalação elétrica. O incêndio ocorreu porque os disjuntores não interromperam a corrente de curto-circuito em tempo hábil.

Renato Dutra Pereira
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom


Orientações para sistema de saída de emergências em edificações

Este é um trabalho que se destina aos profissionais de projetos, de execução de obras e para alunos dos cursos de Arquitetura e Engenharia. Reúne dados de pesquisa teórica, prática, normas e legislações de proteção contra incêndio para orientação a um sistema de saídas de emergência em edificações. Os dados apresentados neste trabalho reúnem conceitos gerais, fundamentais para a concepção de saídas de emergências seguras, portanto independem do tipo de edificação.

Em relação aos tipos de escadas de segurança apresentados, o conceito é geral, mas há a necessidade de sempre ser verificado nas legislações estaduais e municipais qual é o tipo e a quantidade de escadas especificadas para cada tipo de ocupação de uma edificação.

A falta ou inobservância de detalhes construtivos integrantes do sistema de saídas de emergência acarreta, no caso de utilização real, o desencadeamento de lesões corporais, entrada em pânico e até casos mais graves.

A construção do sistema de saídas de emergência deve estar em condições de dar conforto mínimo e segurança ao usuário. É peça fundamental no sucesso da retirada de pessoas de locais sinistrados. Em poucos segundos, a pessoa é submetida à intensa carga física e emocional para as quais, normalmente, não está preparada, e a construção deve estar isenta de riscos desnecessários.

As saídas de emergência em edificações têm como objetivo fornecer aos profissionais de projeto, de execução e alunos dos cursos de Arquitetura e Engenharia as ferramentas para planejar e executar o sistema de abandono em caso de emergência em qualquer tipo de edificação: residencial, comercial, industrial, social, institucional, etc.

Atualmente, nossas legislações são rigorosas em determinadas situações, deixando lacunas em outras. Nas lacunas é que se encaixam as saídas de emergência, pois em vários municípios não há legislações que especifiquem a obrigatoriedade de serem seguidas orientações específicas ou a própria norma brasileira que trata do assunto, a norma NBR 9077. Ressaltamos, ainda, que a própria NBR 9077 está em processo de revisão.

A saída sob o aspecto da prevenção é o conjunto de medidas jurídicas e administrativas destinadas a proteger pessoas e bens contra riscos, antes que se manifestem, no momento e após. Já a busca incessante de controle de gastos e diminuição de custos nas obras leva vários profissionais a ignorarem itens fundamentais nas saídas de emergência. Como resultado, temos a inconsciência, a imprudência, o risco para os outros, a ne­gligência, a inconsequência e a ignorância. É para a proteção do homem que existe a legislação e o correto projeto, suprindo as falhas do aspecto humano e salvaguardando os bens. Nas sociedades evoluídas é dado um valor inestimável às pessoas, e as perdas de vidas humanas são consideradas como inaceitáveis. "O prevencionista (projetor ou executor) não poderá ser amador."

Heliodoro Alexandre Abolins - coronel do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
Flávio José Bianchini - tenente-coronel do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
Luiz Henrique Nomellini - capitão do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Este artigo foi publicado originalmente no livro "A Segurança contra Incêndio no Brasil", com o título "Saídas de Emergência em Edificações".

Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

DEA ainda precisa de mais reconhecimento no país

Data: 09/09/2011 / Fonte: Revista Emergência

Raramente destacada nos meios de comunicação internacionais, a segunda divisão do futebol espanhol virou notícia mundial em outubro do ano passado quando o meio-campista Miguel García, do Salamanca, foi ressuscitado diante das câmeras de televisão depois de sofrer um desmaio provocado por uma parada cardiorrespiratória em pleno gramado do estádio Helmántico, em Villares de la Reina, Espanha.

O atleta escapou por pouco da morte graças à utilização, pela equipe médica, de um DEA (Desfibrilador Externo Automático), fato que ajudou a expor a telespectadores, leitores e internautas brasileiros a importância de um equipamento ainda pouco presente no país em locais públicos como rodoviárias, aeroportos, shoppings, estações de trem e estádios de futebol.

Pouco conhecido de boa parte da população, o DEA normalmente está disponível em áreas com grande circulação de pessoas apenas por força de legislações municipais ou estaduais que determinam a obrigatoriedade do dispositivo. É o que ocorre em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Manaus e Campinas. Também há leis estaduais em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O tema é alvo do projeto de lei federal 4050/2004, cuja tramitação está parada desde 2008 na Câmara dos Deputados. A proposição foi apresentada ao Senado em 2003 pelo então senador Tião Viana (PT/AC), hoje governador do Acre. O texto foi aprovado em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Sociais da casa em agosto de 2004.

Remetido à Câmara no mesmo mês, o projeto chegou a ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quatro anos depois, mas a tramitação não foi levada adiante desde então.

A proposta prevê a obrigatoriedade de DEAs em locais com circulação ou concentração de mais de duas mil pessoas por dia ou em veículos de transporte coletivo com capacidade superior a cem passageiros. Apenas um parágrafo fala no treinamento, obrigando a presença de, pelo menos, uma pessoa treinada e designada para operação do equipamento e realização da RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar).

Já a lei paulistana aprovada em 2005 e alterada em 2007 determina o acesso ao desfibrilador nos locais com concentração acima de mil pessoas ou circulação diária acima de 3 mil pessoas. A regra também vale para clubes e academias com mais de mil sócios e instituições financeiras e de ensino com circulação diária de 1,5 mil pessoas.

A norma também obriga o treinamento de dois funcionários por turno, além de todos os integrantes da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e brigadistas de incêndio e de emergência da unidade.

Conscientização
A fixação de normas, no entanto, não é suficiente para difundir o acesso aos DEAs, na avaliação de especialistas ouvidos. A ideia é de que toda lei precisa vir acompanhada de um trabalho de conscientização da comunidade sobre a importância do DEA. "É preciso que a população seja educada para reconhecer os sinais e sintomas que precedem um ataque cardíaco", afirma a enfermeira Daniela Morais, pesquisadora na área de parada cardíaca/ressuscitação cardiopulmonar em ambiente pré-hospitalar.

A falta desta cultura e do conhecimento sobre como usar o equipamento acaba tornando as leis pouco efetivas, como ocorre em Belo Horizonte, onde Daniela atua como enfermeira assistencial da Unidade de Suporte Avançado do SAMU. Na capital mineira, a obrigatoriedade do DEA está prevista em lei municipal desde 2007. Mesmo assim, de acordo com Daniela, não é comum ter estes equipamentos disponíveis para atender emergências na cidade. "Atendo vítimas de parada cardíaca em locais públicos que, muitas vezes, não recebem nenhum tipo de atendimento até a chegada da ambulância. Isto é muito triste, as pessoas colocam todas as suas expectativas no SAMU, e, às vezes, o atendimento se resume apenas na constatação do óbito porque os primeiros elos da corrente da sobrevivência não foram implantados", lamenta a especialista.

Para Carlos Eid, chefe do Departamento de Atendimento Pré-Hospitalar da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o principal desafio para a popularização da oferta e aplicação dos DEAs no Brasil é a superação desta falta de cultura. Isto porque muitos países, segundo ele, não têm legislação a respeito e, mesmo assim, apresentam vasta utilização do desfibrilador, já que há uma consciência de que se trata de um equipamento importante e necessário.

Leia a matéria completa na edição de setembro da Revista Emergência

Foto: Arquivo/Waltecir Lopes

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cresce número de acidentes com máquinas próximas da rede elétrica


Cresce número de acidentes com máquinas
 próximas da  rede elétrica

Somente em julho deste ano, foram registrados em Minas Gerais quatro acidentes com trabalhadores rurais envolvendo a rede elétrica, em decorrência de manobras inadequadas com o maquinário nas áreas próximas aos cabos de energia. Os dados são da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig.
Segundo a Empresa, os números assustam, uma vez que, em sete anos (de 2003 a 2010), foram registrados no Estado cinco acidentes com trabalhadores rurais envolvendo máquinas agrícolas.
Um dos fatores que têm contribuído para a ocorrência de acidentes é o fato de os agricultores se arriscarem ao tentar passar com máquinas de grande porte sob a rede elétrica. De acordo com o gerente de Segurança do Trabalho, Saúde e Bem-Estar da Cemig, João José Magalhães Soares, com a modernização do sistema de colheita, visando o aumento da produtividade, as máquinas estão ficando maiores.
O gerente alerta que “nesse novo cenário, ao manusear esses equipamentos deve-se redobrar a atenção para evitar os acidentes elétricos, que podem ser fatais”. E complementa: “seguir orientações simples que alertam para a segurança, previne acidentes e garante um bom desempenho da colheita.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A ERGONOMIA NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA

Valéria Barbosa Gomes - Engenheira de Segurança e Professora Universitária

A avaliação da movimentação manual de materiais pode ser avaliada utilizando-se critérios biomecânicos, fisiológicos ou psicofísicos:
. O critério biomecânico limita o efeito na coluna vertebral, na região lombo-sacral, este critério é muito importante em tarefas de levantamento não freqüentes;
. O critério fisiológico limita o stress metabólico e a fadiga associados a tarefas repetitivas de levantamento;
. O critério psicofísico, limita a carga de trabalho com base na percepção dos trabalhadores da sua capacidade de levantamento, que é uma medida aplicável a quase todas as tarefas de levantamento, exceto os de alta freqüência (acima de seis levantamentos por minuto).
Os estudos realizados e publicados em língua inglesa foram organizados por AYOUB e MITAL, 1989, segundo o critério adotado: biomecânico, fisiológico ou psicofísico, tendo em vista os componentes da tarefa como freqüência, duração, tamanho do objeto, forma do objeto, pega, peso do objeto/força aplicada, estabilidade e distribuição da carga, altura vertical de levantamento/altura de aplicação da força, geometria do local de trabalho, distância percorrida/inclinação e tração, postura/técnica e levantamento/carregamento assimétrico. Foi verificado que os métodos não apresentavam a análise do levantamento manual de materiais utilizando concomitantemente os três critérios, apresentando portanto algumas vantagens e desvantagens.
Alguns métodos não foram analisados por AYOUB e MITAL como o LEST (Laboratoire d'Économie et de Sociologie du Travail) e o OWAS (Ovako Working posture Analysing System). Dentre os métodos analisados, o método proposto pelo NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) foi o único que utilizou a análise concomitante pelos três critérios, apresentando melhores resultados sob o ponto de vista da prevenção de acidentes. O risco de lombalgias associadas a levantamentos aumenta segundo as demandas da tarefa, isto é, o risco de lesão aumenta se as exigências da tarefa excedem a capacidade do trabalhador. O trabalhador que deve exercer suas tarefas em posturas desfavoráveis sente o aspecto desagradável da postura, aumento da fadiga e a longo prazo, problemas funcionais graves. O funcionamento do organismo fica prejudicado se ele experimenta regularmente uma sobrecarga estática. A ação de levantar pesos não agride apenas a coluna vertebral, pode causar agressões ao sistema locomotor; aumento de pressão intra-torácica; aumento da pressão intra-abdominal; alterações circulatórias e fadiga muscular.
Os trabalhadores têm cada vez mais observado dificuldades na movimentação segura de materiais. O treinamento muito disseminado, tem se mostrado ineficaz na prevenção de lesões - é indispensável o planejamento ergonômico da tarefa. A movimentação manual de materiais é um sistema ordenado e complexo que requer um entendimento amplo das relações de causa e efeito para uma total e eficiente adaptação do homem. Então é necessário o conhecimento de todos os componentes da movimentação (trabalhador - tarefa - ambiente) e a capacidade do homem em se adaptar ou se ajustar. A componente humana no sistema consiste em todos os elementos que definem ou descrevem a capacidade humana. Isto é, características físicas, sensoriais, psicomotoras, personalidade, treinamento/experiência, saúde e atividades no tempo livre. Enquanto os efeitos de algumas dessas características são bastante conhecidos e consistentes existem conflitos e informações contraditórias a respeito de outras, como personalidade por exemplo. Por outro lado, as pesquisas sobre limites físicos e biomecânicos se fundamentam em modelos diversos e não apresentam resultados uniformes. O planejamento do trabalho deverá eliminar ou reduzir a movimentação manual de materiais, diminuir a demanda da tarefa e minimizar movimentos do corpo.

"Acidente x Quase Acidente"

Dr. Daphnis Ferreira Souto
Médico do Trabalho
Membro do Conselho Técnico Científico da ABMT.
Associação Brasileira de Medicina do Trabalho

QUASE - ACIDENTE”
Quando é que um acidente não é um acidente ?
Quando é que se trata de um “quase acidente” ?
Um quase-acidente é uma ocorrência inesperada que apenas por pouco
deixou de ser um acidente com um trabalhador ou um acidente com um
equipamento.
Aqui está um exemplo: um caminhão estava estacionado com a traseira
voltada para uma doca de carregamento. Mais ou menos dois metros separavam a traseira do caminhão da doca. Um trabalhador passava entre a doca de carregamento e o caminhão. Neste momento, o motorista do caminhão, sem avisar, acionou o caminhão em marcha-a-ré, para se aproximar mais da doca. O empregado deu um grito assustado e conseguiu pular para o lado em segurança; por pouco não foi esmagado contra a doca. Não houve contato, mas o empregado ficou assustado e nervoso com a experiência.
Este não é um caso de acidente com o trabalhador. O trabalhador não foi
contatado, não foi fisicamente molestado e do susto só lhe ficou a lembrança.
Também não se trata de um acidente com equipamento, pois nada aconteceu com o caminhão. Não houve falha de equipamento e o motorista nem se deu conta do ocorrido.
Os trabalhadores deveriam ser estimulados a reportar esse tipo de
acontecimento ? Esse quase-acidente ?
A Segurança do Trabalho deve investigar tais ocorrências ? A administração
da empresa deve discutir tais casos ? Porque ?

Os “quase-acidentes”, assim como os acidentes que não causam ferimentos
ou outros tipos de lesão devem ser investigados quando reportados ou observados.
Eles se constituem em “avisos” daquilo que pode ou provavelmente vai acontecer.
Um acidente quase sempre acontece mais tarde, quando tais “avisos” são
ignorados; mais cedo ou mais tarde o acidente acaba acontecendo.
O objetivo da prevenção organizada de acidentes é evitar todo tipo de
acidentes. Os supervisores e os técnicos de segurança, às vezes, ainda confundem
prevenção de ferimentos com prevenção de acidentes. Eles se impressionam com os acidentes que provocam ferimentos, principalmente quando estes são graves, mas não se preocupam muito com acidentes com equipamentos.
Isso é errado.
Em primeiro lugar, por definição, o acidente com equipamento sempre tem
potencial para causar ferimentos nas pessoas. Eles podem e, geralmente, resultam
em ferimentos sérios e até fatais.
Em segundo lugar, mesmo quando não acontecem ferimentos, os acidentes
sem lesões representam uma interrupção do processo de produção. Eles geralmente causam prejuízos em virtude dos danos causados aos equipamentos, redução de produtividade, ou das horas de trabalho gastas para reparar os estragos ocorridos.
Não devemos esquecer que três são os elementos-chave de um acidente com
o trabalhador para enfatizar o seu sentido completo:

1 - Os acidentes são inesperados.
Eles tanto ocorrem com trabalhadores experientes como com os
inexperientes e são sempre inesperados para a pessoa envolvida e também para a
segurança do trabalho. Por isso é fundamental o treinamento. para antecipar
condições onde o acidente pode ocorrer.

2 - Acidentes são contatos.
Com uma exceção, todos os acidentes com trabalhadores envolvem algum
tipo de contato inesperado entre a pessoa e alguma coisa em seu redor. A exceção é um acidente por tensão muscular devido á um esforço excessivo. Acidentes por excesso de força não envolvem contatos com coisas em volta do trabalhador. Um exemplo é o trabalhador que sofre uma distensão nas costas ao tentar levantar um objeto pesado.

3 - Acidentes interrompem o trabalho.
Os acidentes quase sempre envolvem algum tipo de interrupção do trabalho.
Por definição, portanto, os acidentes prejudicam o esforço da produção.

Evitar acidentes e controlar suas causas é um dever de todo
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA
SOBES

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Operários fazem nova paralisação em obras do Maracanã

Os cerca de dois mil operários que trabalham nas obras de modernização do Estádio do Maracanã, no Rio, visando a Copa do Mundo de 2014, voltaram a parar as atividades nesta quinta-feira. De acordo com o Consórcio Maracanã Rio 2014, responsável pela obra, os operários cruzaram os braços por volta das 3 horas e permaneceram em frente ao estádio até por volta das 9h30, realizando manifestações.

Os funcionários protestavam, de acordo com o consórcio, contra o não cumprimento de acordo fechado na semana passada em relação a plano de saúde e melhores condições de segurança no trabalho.

Na semana passada, os funcionários paralisaram as obras por quatro dias, depois que um operário se feriu no canteiro de obras ao tentar cortar um galão com resíduos metálicos e de combustível. A explosão do galão provocou lesões no joelho e na perna do funcionário. Os operários iniciaram no mesmo dia do acidente uma greve para cobrar melhores condições de segurança e trabalho.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Rio de Janeiro, o consórcio responsável pela obra, formado pelas construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta, aceitou boa parte das reivindicações envolvendo aumento de salário e benefícios.