quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CATEGORIAS DE RISCO À SAÚDE PÚBLICA

A Agência para Registro de Substancias e Doenças Tóxicas (Estados Unidos) estabeleceu categorias padrões para riscos à saúde. Dependendo das propriedades específicas dos contaminantes, das situações de exposição e do estado de saúde de indivíduos, um risco à saúde pública pode ocorrer. Utilizando dados de avaliações, as situações de risco à saúde pública podem ser classificadas segundo as categorias abaixo:
  • URGENTE - Condições que apresentam sério risco à saúde pública resultante de uma exposição minima a substâncias de risco;

  • PÚBLICO - Condições que apresentam risco à saúde pública como resultado de uma exposição de longo prazo a uma substância perigosa;

  • INDETERMINADO - Condições para as quais não se pode determinar o risco à saúde pública devido à falta de dados objetivos;

  •  INAPARENTE - Condições nas quais houve exposição a um meio contaminante ou que tenha ocorrido no passado, mas a exposição está abaixo do nível de risco à saúde;

  • INEXISTENTE - Condições nas quais os dados indicam nenhuma exposição atual ou passada ou nenhum potencial de exposição.

 CLASSIFICANDO RISCOS

A caracterização de um risco envolve componentes quantitativos e qualitativos.
Deve ficar claro em relação à discussão anterior, que o tipo de risco e o resultado adverso associado ao mesmo são caracteristicas qualitativas importantes do assim chamado “risco”. Portanto, uma específica probabilidade para o desenvolvimento de dermatite eczematosa (inflamação da pele) pode ser considerada menor do que a probabilidade idêntica de desenvolver um melanoma (uma forma severa de câncer de pele).

Entretanto, é preciso olhar de forma mais detalhada para se poder caracterizar o risco como uma forma diferente de perigo.
O grau de exposição constitui um importante determinante do risco. Assim, uma baixa exposição a alguma coisa que é altamente perigosa, pode resultar em um risco pequeno. Alternativamente, uma exposição elevada a alguma coisa que é muito pouco perigosa, pode resultar em um moderado ou mesmo alto risco. Devem ser feitas todas as tentativas razoáveis para quantificar uma exposição de forma a em seguida atribuir uma medida de risco à situação. A probabilidade de um resultado adverso (ou seja, a proabilidade intrínseca a certos riscos) podem ser expressas de várias formas.
Afirmações sobre causa e efeito (causação) sempre dependem de certos pressupostos. Quando uma pressuposição sobre causa e efeito estiver errada, qualquer medida de risco relacionada a essa pressuposição, mesmo que de forma numericamente detalhada, pode levar a informações distorcidas. Principalmente se esta informação implicar na probabilidade de que certos resultados indesejados (por exemplo, cancer, asma) estejam de fato relacionados à exposição a um perigo particular. Portanto, afirmações sobre risco devem se guiar por indicações de incerteza associados a esse risco.
Pode-se desejar saber quais os passos que contribuiram para um risco particular se tornar alto ou quais etapas podem ser abordadas para reduzi-lo – por exemplo, o controle de riscos em exposições ocupacionais. O custo de medidas de redução do risco e seus benefícios terão de ser consideradas.

 PERCEPÇÃO DE RISCO

Existem diferenças consideráveis em como os riscos são percebidos pelos cientistas de um lado e por parte do público do outro lado. Vários fatores podem influenciar esse diferencial de percepção, incluindo:
  • experiencia pessoal a respeito de efeitos e eventos adversos
crenças sociais e culturais habilidade do exercitar controle sobre determinado risco o conteúdo de como a informação é obtida de diferentes fontes (media, etc.)


 
ACEITAÇÃO E AVERSÃO A RISCO

Embora a comunidade científica tenha um papel muito importante em medir riscos e na apresentação dessas informações de uma maneira a mais clara possível e com cautelas apropriadas acerca de incerteza, permanece como uma responsabilidade da sociedade determinar o que é tolerável e aceitável, baseada em considerações sociais, políticas, culturais e mesmo econômicas.
Muitos perigos não podem ser eliminados no sentido em que se possa cair fora deles. Assim, para reduzir riscos, é preciso reduzir exposição.
Em alguns países o objetivo para reduzir riscos à saúde ocupacional é se conseguir uma situação onde a exposição deva ser controlada a nível no qual toda a população possa ser exposta, no dia a dia, sem nenhum efeito adverso à saúde.

David C. Breeding, CSP, CET, CHMM, is Director of the Texas A&M University Office of Engineering Safety (EH&S) in College Station, Texas.
Tradução: Prof. Samuel Gueiros, Med Trab, University of Leeds English Certificate


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